BÊBADO CHUTA ROBÔ E JULGAMENTO PODE DEFINIR NOSSO FUTURO AO LADO DE MÁQUINAS INTELIGENTES

Não é todo mundo que acha graça das piadas de Pepper  (Foto: Divulgação Aldebaran)

BÊBADO CHUTA ROBÔ E JULGAMENTO PODE DEFINIR NOSSO FUTURO AO LADO DE MÁQUINAS INTELIGENTES

Quando o assunto é a relação dos seres humanos com as máquinas, a discussão costuma se restringir à tensão que poderia surgir no dia em que a inteligência dos computadores ultrapassarem a nossa. Com eles no comando, o que seria de nós? Enquanto esse dia não chega, situações mais corriqueiras e menos épicas do que uma guerra entre homens e máquinas começam a pipocar pelo mundo e aos poucos vão preparando o terreno para o momento em que a convivência entre robôs e homens seja algo simplesmente normal. Exemplo: qual a diferença entre agredir um robô e agredir outro ser humano? E entre dar um tapa em um computador travado e dar um chute em um robô?
Recentemente um homem embriagado andava por uma calçada no Japão quando encanou com a atitude de um recepcionista na entrada de uma loja. Achou por bem chutá-lo. Até aí, nada de muito esquisito, muitas brigas de rua começam com um enredo parecido. Mas acontece que o recepcionista era Pepper, um robô humanoide criado para interagir com humanos e que provavelmente teve seu sistema interno prejudicado graças à agressão.
O caso levantou a questão se o homem deveria ser julgado por dano à propriedade (como se tivesse destruído uma vidraça, um caixa eletrônico ou qualquer outro objeto inanimado) ou se deve ser julgado por agressão.
Evidente que já existem especialistas no assunto. Para o Dr. Yueh-Hsuan Weng, cofundador de um instituto que estuda a intersecção entre robôs e leis na Universidade de Pequim, a saída é a criação de uma terceira via. Se considerarmos os seres humanos como parte da “primeira existência” e as máquinas convencionais como parte da “segunda existência”, robôs como o Pepper se enquadrariam então na “terceira existência”.
Essa classificação parte do princípio que na nossa cabeça há uma diferença entre robôs inteligentes e o resto das máquinas. Segundo Wen, do jeito que estão, as leis “não ajudam o ser humano a projetar sua empatia ao interagir com robôs humanoides”. A adaptação da lei é necessária agora pois esse tipo de interação será muito mais comum no futuro. A princípio o caso homem bêbado X Pepper será baseado na acusação de dano à propriedade, mas o fato ainda está sendo discutido
Fonte damateria:http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2015/10/bebado-chuta-robo-e-julgamento-pode-definir-nosso-futuro-ao-lado-de-maquinas-inteligentes.html

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